Coisas de Brasília, coisas do Brasíl - Copa das confederações

foto: Gazeta do Povo
No momento em que os olhos do mundo estão voltados para o Brasil, os governantes esquecem do que mais importa, o povo. Também pode ser que os eventos e a população foram colocados de forma desproporcional na balança. Investimentos bilionários foram aprovados, obras gigantescas sobem com força e entram em contradição tanto em valor quanto em atenção, se compararmos com o cotidiano do brasileiro.

Não temos nada contra o Estádio, mas vamos usá-lo como exemplo; Mais de 1.5 bilhão de reais foram gastos sem nenhuma cerimônia, mas se fosse para obtermos 1.5 bilhão de reais para a reforma e construção de novos hospitais dentro do Distrito Federal ou ainda a mesma situação dentro de qualquer outro Estado da Federação, é muito provável, quase garantido que levariam anos para aprovar tal investimento e o mesmo talvez nem acontecesse.

O propósito desde post é analisar essa situação estranha. Precisamos de tanto e os grandes investimentos ficam a mercê dos grandes eventos. Existe a desculpa que as obras vão ficar para a população etc, etc...bom, dar pra dar aulas ou utilizar os estádios como escolas, faculdades e hospitais? Serviços básicos para a manutenção de uma mínima qualidade de vida de qualquer cidade? Não. Em grande parte, poderiam ter pensado na possibilidade de criar multiplos usos em cada arena, convertendo espaços ou ainda na construção de prédios em volta, que após os eventos poderiam se tornar escolas, creches, enfim...de alguma forma fazer do investimento um retorno real para a população.

Quando tudo passar, vamos ver muito trabalho de investigação em CPIs de Copa e dos Jogos Olímpicos. Está claro que há muito de irregular em licitações, consórcios e aprovações nessas obras. O respeito com a população cai e vai por água abaixo. Após os gols ainda vai haver muita gritaria.

E por falar em gritaria, o Brasíl esta experimentando uma amostra do que acontece quando o população se revolta e entra ferozmente para expressar a sua opinião. Protestos pelo país mostram que o povo ainda pode lutar, mas as ações ainda são suprimidas pela adminitração pública, que mesmo assistindo tudo, não cede e deixa claro que o povo não pode mandar e o seu valor é usado apenas em dias de eleição. Tudo não passa de um jogo de interesses e os governantes irresponsáveis ja escolheram o seu lado. Podem mudar no ano da urna eletrônica, mas depois eles voltam.

O desrespeito é tamanho que se espalha até na imprensa. No último fim de semana foi iniciada a Copa das Confederações da FIFA com a abertura e jogo inicial no Estádio Nacional mané Garrincha. Como só quem pode pagar entrou dentro do estádio, quem sobrou recorreu até o seu amigo de sempre, o aparelho de TV para ver a cerimônia, mas eis que temos uma surpresa, o país que é sede do evento não transmitiu ao vivo em TV aberta o início da festa, restando apenas o jogo. Como tinhamos falado lá no começo, tudo é um jogo de interesse. O horário de mais audiência, anunciantes e estrelas era o do jogo a abertura do evento internacional era "coisa pequena,o povo vai se contentar com algumas cenas gravadas."

Em comparação, nós ganhamos o que sobra. Os grandes ficam com as grandes coisas e o povo que é a maioria fica com que os grandes decidirem. Um absurdo total! Acorda aê Brasíl.

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