Facebook - Uma sociedade real dentro do mundo virtual
900 milhões de habitantes |
Como todo maluco tem algo de especial, talvez a grande façanha de Mark tenha sido a capacidade de fazer de tudo e passar por cima de tudo para que o seu projeto decola-se. Ao ler histórias e assistir vídeos sobre o nascimento do Facebook, me pareceu que Mark priorizava principalmente o fato de que realmente funcionasse. Não podemos dizer o que se passa na cabeça do rapaz, mas fica claro que o empenho no ramo comercial para o Facebook começou com o seu colega Eduardo. Prova foram os financiamentos e depois os conflitos entre os dois.
Analisando tudo isso parece que encontramos um pensamento na cabeça de Mark “Quero dominar o mundo”. Confesso que isso passa até mesmo pela minha cabeça, mas Zuckerberg queria e conseguiu que sua ideia funcionasse antes de mais nada. Fato que responde o porquê de só recentemente o Facebook, numa estranha jogada, ter um capital na bolsa de valores e agora muitos compradores de ações.
A entrada do Facebook representou um grande marco para tipo de empreendimento, no entanto, após alguns dias a ideia pareceu não ser tão viável devido a desvalorização ocorrida nas ações da rede social. Sendo uma ideia ruim ou não o fato é que o dono disso tudo continua e continuará rico. Mas este texto não pretende ilustrar as finanças do Facebook e sim alguns fatores que elevaram o significado de rede social.
Sabemos que o termo rede social significa uma plataforma em que os participantes compartilham ideias, informações, gostos, arquivos e ainda mantém contato um com o outro através da internet. Mas no atual estágio vemos que o Facebook chegou a um patamar nunca atingido por qualquer outra comunidade na internet. Vamos daqui pra frente fazer uma comparação bem interessante.
Em qualquer sociedade moderna nós temos a presença de aspectos simples que compõem grupos e funcionamentos. Então dentro de uma cidade qualquer nós temos antes de qualquer coisa, pessoas, empresas, uma cadeia de serviços, religiões, educação e política. Mas de uns anos para cá vemos que uma sociedade gigantesca cresceu fortemente e com muito menos complicação que uma cidade de concreto. Falo do Facebook. Na enorme rede nos temos os usuários simples que equivalem ao papel de cidadão comum aqui fora. Temos também empresas das mais variadas, desde lojinhas de rua, hospitais, bancos, e milhares e milhares de outras dos mais variados seguimentos possíveis. Mesmo que “ainda” não se venda diretamente dentro do Facebook, nos temos na rede as vitrines que divulgam produtos e serviços como num grande shopping, ou seja, nos temos o comércio e você escolhe através da fachada mais bonita ou produto mais atraente e adquire de alguma forma.
As opiniões e crenças se expressam através de textos, vídeos e mensagens diversas a sua opinião e cada um tem um grupo que o segue. Evangélicos nas páginas de igrejas evangélicas, católicos da mesma forma e assim também com muitas outras. Aí vemos a formação de grupos religiosos.
Uma sociedade também é composta por educadores, por formadores de opinião e dentro do Facebook existem grupos e empresas que compreendem esses dois grupos e muitos outros. Atividades são ensinadas através de aplicativos, pesquisas são realizadas e muita informação é trocada. O controle do Facebook, que equivale ao governo, é um dos melhores que já puderam existir, pois pelo menos lá o povo tem direito de falar o que quiser e as leis não são tão corrompidas quanto nossas constituições. É claro que existem muitas diferenças entre o mundo virtual e o real, mas esse não é o foco da nossa comparação. Lá por exemplo, não temos violência física, mas existem pessoas que expressam preconceitos de várias formas através de suas opiniões ou grupos dos quais fazem parte.
Existem muitos outros pontos que podem ser ligados e de forma equivalente com a sociedade fora do computador. Eis aí a palavra, sociedade. O Facebook chega a um momento em que não se expressa só como uma comunidade na internet. Ele quebra a barreira de rede social para virar uma verdadeira sociedade, com empresas e pessoas. Falando em pessoas, já são mais de 900 milhões de usuários e todo dia chega mais um. Esse fato deveria ser meio alarmante se observássemos uma possibilidade estranha. Falo da loucura de se pensar que talvez um dia exista uma virtualização do conceito básico de país. Como vimos anteriormente, muitos requesitos equivalentes de sociedade já existem dentro do Facebook e caso fosse possível considera-lo como um país ele seria o maior do mundo e quase perfeito devido as grandes diferenças culturais e opiniões que existem ao mesmo tempo.
A que ponto chegamos agora? A grande evolução da tecnologia de informação, eletrônica e plataformas de comunicação nos deram a oportunidade de transformação partindo dos pontos de interação e troca de informações. Não precisamos sair de casa para visitar o Egito e não precisamos pegar tantas filas para pagar nossas contas. Estamos nos distanciando cada vez mais das coisas “manuais” por assim dizer e colocando a vida dentro dos computadores. O Facebook é a grande prova de até onde isso já chegou e até onde isso vai parar.
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